Filipa de Castro é Bailarina Principal da Companhia Nacional de Bailado. Integrou o elenco da Companhia em 1996.

Natural de Lisboa, realizou os seus estudos de dança na Escola da Dança do Conservatório Nacional.

Na Companhia Nacional de Bailado, rapidamente começou a desempenhar papéis de grande responsabilidade, em coreografias como In The Middle Somewhat Elevated (William Forsythe) ou Cinderela (Michael Corder), ainda que um dos momentos mais importantes da sua carreira tenha sido marcado pelo trabalho com a coreógrafa belga Anne Teresa de Keersmaeker. The Lisbon Piece representa a descoberta do seu talento na linguagem da dança contemporânea. Serenade, Apollo, Agon e Who Cares? (George Balanchine) também foram determinantes no seu percurso artístico.

Em agosto de 2001, com a ambição de procurar mais fontes de conhecimento, ingressou no Ballet Real da Flandres, sob a direção de Robert Denvers. Romeu e Julieta (André Prokovsky), Eight Seasons (Maurício Wainrot), Symposium (Christopher D’Amboise) ou Like You (Nicolo Fonte) fizeram parte da sua experiência nesta companhia.

Em 2003, decidiu regressar à CNB, dirigida então por Mehmet Balkan. Vaslav Nijinsky, John Cranko, Hans Van Manen, Jiří Kilian, Mauro Bigonzetti, Nacho Duato, Ohad Naharin e Edward Clug passaram desde então a fazer parte do seu repertório.

Da sua vasta experiência, destacam-se papéis principais em clássicos como O Lago dos Cisnes, La Bayadère (Armando Jorge, Fernando Duarte), Paquita (Armando Jorge), Coppélia (John Auld), O Quebra-Nozes (Armando Jorge, Mehmet Balkan), Romeu e Julieta (John Cranko), Dom Quixote (Alexander Gorski / Eric Volodine, Mehmet Balkan), Giselle (Georges Garcia), O Pássaro de Fogo (Fernando Duarte) e A Bela Adormecida (Ted Bransen). Também relevantes são criações com coreógrafos como Vasco Wellenkamp, Olga Roriz, Rui Lopes Graça ou David Fielding.

Filipa apresenta-se regularmente em galas e festivais internacionais de dança, ao lado do seu partenaire Carlos Pinillos. A sua carreira internacional estende-se a países como a Alemanha, Reino Unido, Rússia, França, Itália, Canadá, EUA, Brasil, Letónia, Suécia, Luxemburgo, Escócia, Bélgica, e Holanda, entre outros.

Em 2005, foi galardoada com o Prémio Bailarina Revelação concedido pela Associação dos Amigos da CNB. Em 2016 foi-lhe atribuído o Prémio Positano/Léonide Massine para Bailarina do Ano da Cena Internacional.