Sinopse

Tudo partiu duma pessoa e da sua vida. O desafio que Luísa Taveira, diretora artística da Companhia Nacional de Bailado, me lançou foi o de criar um espetáculo para uma bailarina que chega ao fim da sua carreira: Barbora Hruskova. O meu papel e o de Mário Laginha era o de traduzirmos para o palco, em colaboração com Barbora, esse momento definitivo dum corpo que está prestes a abandonar a dança.

….Desejamos também mostrar ao público aquilo que a dança clássica obsessivamente esconde: o trabalho infernal que está por detrás da beleza etérea do ballet. A disciplina militar, a dedicação que é quase devoção, a compulsiva busca da perfeição, as privações, a constante autocrítica.
E sim, o prazer. Mas o prazer que resulta da escalada extenuante a cumes inacessíveis.
Se estivesse já escrita a biografia da bailarina Barbora Hruskova, este seria um espetáculo livremente baseado nesse livro. E a personagem de Barbora seria interpretada pela própria Barbora. Como se devolvêssemos a tradução à sua língua original. Partimos da sua história pessoal e tentámos torná-la uma história de todas as bailarinas para todo o público. Mas depois devolvemo-la a Barbora para que esta tradução seja preenchida do seu sentido original e da sua energia vital. Barbora costuma dizer que dançar é ser “atravessada pelas tempestades”. Ao vê-la interpretar o material que lhe compusemos, descobrimos que é ela a verdadeira tradutora. Barbora traduz as tempestades.

Tiago Rodrigues — janeiro 2015

Estreia absoluta
Lisboa, Teatro Camões, 5 de fevereiro de 2015

Ficha Técnica

Barbora Hruskovabailarina
MÁRIO LAGINHAmúsica e piano
TIAGO RODRIGUESassistente de encenação
CRISTINA PIEDADEdesenho de luz
Raquel Andréassistente de encenação
Marco Arantesdesenho em ardósia
FIGURINOS EXECUTADOS NO ATELIER DA CNBsob orientação da Mestra Paula Marinho

Imprensa

PÚBLICO
A ponta feliz da bailarina por Paula Varanda (Crítica)

Barbora já pode correr na rua sem medo por Gonçalo Frota

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