Da calma aparente vem uma revolução, da fera vem uma carícia.

Essas figuras são ciborgues crus e sencientes, incapazes de simplesmente existir. Seu toque é sensível, seu olfato é aguçado, sua visão é como um lince. Todos choramos, temos medo, todos desejamos, amamos e tentamo-nos encaixar, protegemo-nos com armaduras que nos isolam, caímos na armadilha dessa caixa que nos define.

Que sensibilidade se constrói hoje? Que intimidades se vivem? O que pretendo mostrar de mim se sou o primeiro a não saber?

Bisonte é um ringue entre a histeria e a melancolia. Um pulso persistente marca o ritmo, ecos de melodias do invisível em nós. O género desvanece-se e abrem-se espaços para uma existência mais vulnerável e bela.

O Bisonte: Restage é um convite a olhar novamente para materiais coreográficos moldados em 2019 para 6 performers/amigos e amplificá-los a 13 jovens bailarinos. É uma versão curta da partitura original, sendo feita uma ponte entre o primeiro ato e o terceiro ato da peça original.