CPBC 25 Anos é um programa que dá início às comemorações do vigésimo quinto aniversário da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo. Foi em Abril de 1998, com uma estreia no Brasil, que esta longa caminhada começou. Em retrospetiva, a Companhia tem na sua génese a dança como narrativa poética e de beleza artística, usando linguagem de expressão e movimento como essência. Vincando este respeito pela pureza da arte, o caminho foi percorrido em conjunto com diversos coreógrafos, pisando dezenas de palcos com sucessos nacionais e internacionais, reconhecimento da crítica e dos pares, e o genuíno acolhimento por parte do público.

É com este legado, que neste espetáculo perspetivamos o futuro reunindo linguagens distintas, mas que partilham desta lógica comum, representando a diversidade e versatilidade da Companhia e do seu elenco

A aposta deste programa passou por convidar coreógrafos com pontes estabelecidas com o nosso percurso ou com o nosso país, e que também fossem capazes de projetar a nossa identidade além-fronteiras.

Ricardo Campos Freire, atualmente sediado na Alemanha, tem desenvolvido o seu trabalho como coreógrafo em Belgrado, Hannover, Hagen, Zagreb, entre outros, e foi bailarino da CPBC de 2008 a 2012.

O convite feito à dupla Iratxe Ansa e Igor Bacovich, coreógrafos com obras criadas para diversas companhias europeias e que nos trazem uma abordagem e fisicalidade muito próprias, tem a particularidade de Iratxe Ansa ter sido membro do Ballet Gulbenkian.

Maria Mira, a mais jovem aposta deste espetáculo, é parte integrante do elenco atual da CPBC e a sua criação é resultante do último Estúdio Coreográfico promovido pela Companhia.

Por último, este espetáculo não podia deixar de contar com a mestria, poesia e genialidade de Vasco Wellenkamp, figura maior desta Companhia e propósito inequívoco desta celebração.

Como diretora artística, muito me honra poder dar continuidade à Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, promovendo a criação e experimentação artísticas e mantendo vivo o legado do seu fundador Vasco Wellenkamp.

                                                  Cláudia Sampaio

Direção artística

Public Domain

Ricardo Campos Freire começou como bailarino na Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, tendo trabalhado com diversas companhias internacionais e com coreógrafos de renome como Mauro Bigonzetti, Marco Goecke, Cayetano Soto e Vasco Wellenkamp.

Foi premiado em 2015 com o Prémio Smiljana Mandukic em Belgrado, Sérvia, como o melhor bailarino do ano. Como artista convidado, tem desenvolvido o seu trabalho em diversos países, incluindo Coreia do Sul, Itália, Croácia, Suíça, Sérvia, Alemanha, Montenegro, Portugal, Bósnia e Herzegovina, Vietname e Suécia.

Public Domain será a sua nova criação para a CPBC apresentar neste programa.

almada E TUDO!

 Maria Mira, bailarina da CPBC, irá apresentar a sua obra no espetáculo dos 25 anos da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo. Formada pela Escola Artística de Dança do Conservatório Nacional, Maria juntou-se à CPBC em 2018, tendo trabalhado com diversos coreógrafos desde então.

Além do seu trabalho como bailarina, Maria Mira teve a oportunidade de explorar a sua criatividade como coreógrafa no desafio lançado pela direção artística através de um Open Call interno. Este desafio tinha como objetivo apoiar o desenvolvimento das capacidades criativas dos bailarinos da companhia que quisessem aventurar-se na experiência de pesquisar e criar um objeto artístico, surgindo desta forma aquela que é a sua primeira criação coreográfica.

Prelúdio à Sesta de um Fauno
(Nova versão)

Vasco Wellenkamp criou mais de cinquenta obras para o Ballet Gulbenkian, marcando o estilo da companhia durante mais de duas décadas. Foi regularmente convidado a criar para diversas companhias em países como o Brasil, Argentina, Inglaterra, Suíça, Itália, Croácia, Áustria, Holanda, entre outros.

Em 1997 fundou, com Graça Barroso, a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, que teve a sua estreia em Abril de 1998, no Festival de Dança de Niterói (Brasil). Foi diretor artístico do Festival de Sintra na área da dança de 2003 a 2007 e diretor artístico da Companhia Nacional de Bailado e do Teatro Camões de 2007 a 2010. Retomou o cargo de diretor artístico da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo em 2010, cargo onde permaneceu até Novembro de 2021. É Presidente da Direção e coreógrafo principal da CPBC.

S·CONCERTO

Iratxe Ansa e Igor Bacovich perceberam que as suas diferentes origens e abordagens complementavam as suas necessidades e visões artísticas. Desde há mais de cinco anos que têm trabalhado por todo o mundo em campos como a coreografia, a dança, o ensino, a produção e a criação de obras. Ansa e Bacovich desenvolveram o seu próprio método de ensino, “metamorphosis method” e são fundadores e diretores da Metamorphosis Dance.

Até à data, a dupla de coreógrafos trabalhou em mais de 30 países e coreografou mais de 20 peças de dança, com as quais têm visitado prestigiados festivais e companhias de dança a nível internacional como a Biennale di Venezia, Madrid en Danza, Teatros del Canal, Quincena Musical de San Sebastián, Museu do Prado, Fundición de Bilbao ou o Festival de Peralada.

Ansa e Bacovich criam S·CONCERTO para os bailarinos da CPBC.