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Bilhetes
Sinopse
Este evento insere-se no ciclo de (re)performances, filmes e conversas que constitui o primeiro eixo do programa dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian em parceria com o Opart/CNB, Escola Artística de Dança do Conservatório Nacional, Escola Superior de Dança e Escola Superior de Teatro e Cinema. A curadoria é de João dos Santos Martins, Ana Bigotte Vieira, Carlos Manuel Oliveira e Ana Dinger. Saber mais
Lágrima foi criada para os Estúdios Coreográficos do Ballet Gulbenkian em julho de 1983, quando Olga Roriz fazia parte do elenco da companhia. A peça gira em torno da relação passional conturbada de uma mulher com três amantes, ou alter-egos, quem sabe, de um só homem, desmultiplicado. A peça, ao som de Nina Hagen, é arrebatadora e violenta. A questão, mesmo na época, ficou no ar: esta mulher é vítima de violência? Pior do que isso, ela é uma mulher objeto, subjugada por uma sociedade machista.
Inserida na programação do ciclo dança não dança, Lágrima é apresentada em diálogo com a performance Visita Guiada, de Cláudia Dias. No final, realiza-se uma conversa com ambas as artistas e Teresa Joaquim.
Muito distintas coreograficamente, nestas duas peças há uma afirmação feminina ou feminista que se faz marcadamente vincada, não obstante as duas décadas que as separam, décadas em que a condição da mulher na sociedade portuguesa se alterou significativamente. Esta justaposição pretende evocar movimentos de emancipação que, nas danças do século XX em Portugal e no mundo, a apresentação de mulheres a solo ou como solistas não deixou de evidenciar. Mostra também problemas de índole social que estão na base do gesto artístico de cada uma destas artistas e de tantas outras que questionaram e agitaram o lugar da mulher na sociedade ocidental.
“Para Elisa
Quando, em 1983, me surgiu a necessidade de criar esta peça, já vislumbrava na bailarina Elisa Ferreira a musa inspiradora que foi durante todo o meu caminho de criação no Ballet Gulbenkian.
A sua força anímica, o seu movimento felino e sensual de mulher madura, o seu pensar a dança no seu corpo, assim como a inteligência emocional, concediam-lhe uma capacidade performática excecional.
Gostaria de, publicamente, dedicar-lhe esta reposição e assim relembrar, com todo o carinho e admiração, a grande artista que foi.”
Olga Roriz, 2023
Imagem © Rodrigo Souza
Ficha técnica
Olga Roriz | Coreografia, figurinos e luzes |
Anyah Siddall, Joshua Earl, Tiago Amaral, Dylan Waddell | Interpretação |
Elisa Ferreira, Gagik Ismailian, José Grave e João Afonso | Elenco na estreia |
Naturträne de Nina Hagen Band | Música |
Ballet Gulbenkian | Produção original |
Classificação etária
M/6
Duração
4 min.
19h
Preço
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